sábado, 28 de agosto de 2010

envelhecimento celular

  O envelhecimento do organismo como um todo está relacionado com o facto das células somáticas do corpo irem morrendo uma após outra e não serem substituídas por novas como acontece na juventude. O motivo é que para a substituição poder acontecer as células somática têm de se ir dividindo para criarem cópias que vão ocupar o lugar deixado vago pelas que morrem.
  Em virtude das multiplas divisões celulares que a célula individual regista ao longo do tempo, para esse efeito, o telómero (extensão de DNA que serve para a sua protecção ) vai diminuindo até que chega a um limite crítico de comprimento, ponto em que a célula deixa de se poder dividir envelhece e morre com a conseqüente diminuição do número de células do organismo, das funções dos tecidos, orgãos, do próprio organismo e o aparecimento das chamadas doenças da velhice e não só.
  Existe uma enzima natural (telomerase) em todos os organismos vivos que está encarregada de proceder à manutenção dos telómeros. Por cada divisão da célula acrescenta a parte do telómero que se perde em virtude da mesma, de modo que o telómero não diminui e a célula pode-se dividir sempre que precisa. O que acontece é que ela faz essa função unicamente nas células germinativas fazendo com que estas sejam permanentemente jovens independentemente do organismo ser já velho. Devia fazer o mesmo nas células somáticas do organismo, mas, isso não acontece.
  As células somáticas têm o gene da telomerase mas não a produzem pois, este não está activado.    Actualmente a ciência já consegue activar a telómerase e criar células saudáveis imortais.
O envelhecimento pode ser entendido como a consequência da passagem do tempo ou como o processo cronológico pelo qual um indivíduo se torna mais velho. Esta tradicional definição tem sido desafiada pela sua simplicidade.
  No caso dos seres vivos relaciona-se com a diminuição da reserva funcional, com a diminuição da resistência às agressões e com o aumento do risco de morte. Rosangela Machado postula que no ser humano caracteriza-se por um processo biopsicossocial de transformações, ocorridas ao longo da existência, suscitando diminuição progressiva de eficiência de funções orgânicas (biológica), criação de novo papel social que poderá ser positivo ou negativo de acordo com os valores sociais e culturais do grupo ao qual o idoso pertence (socio-cultural); e pelos aspectos psiquicos vistos tanto pela sociedade quanto pelo próprio idoso (psicológico).
  Inicialmente foi postulado que o envelhecimento do ser humano seria o processo de deterioração dos sistemas com o tempo, permitindo assim a existência de filosofias “antienvelhecimento” (onde velho é tão bom quanto novo, ou mesmo potencialmente igual ao novo) e mesmo de intervenções designadas a reparar ou impedir o envelhecimento.
  Em que pese que, à luz do conhecimento atual, o envelhecimento é um processo inexorável e irreversível, este artigo tratará especificamente dos aspectos sociais, cognitivos, culturais e econômicos do envelhecimento. A biologia do envelhecimento será considerada em detalhe em senescência.
  O envelhecimento é uma parte importante de todas as sociedades humanas, refletindo as mudanças biológicas, mas também as convenções sociais e culturais. Também na maioria das sociedades é comum a negação do processo de envelhecimento e dos eventos a este associados. Muita energia, tempo e dinheiro são gastos exclusivamente para esconder os efeitos do envelhecimento. Tingimento capilar, maquiagens elaboradas ou mesmo cirurgia plástica por razões cosméticas são exemplos muito comuns. Contrastando com estes fenômenos, entre os mais jovens é muito comum procurar aparentar mais idade no intuito de receber o respeito associado às idades mais avançadas ou mesmo permissão para realizar atividades reservadas às pessoas mais velhas, como comprar bebidas alcoólicas ou dirigir veículos.
  Assuntos ligados ao envelhecimento populacional, em que a idade média das populações tem aumentado nas últimas décadas, constituem um fator importante em muitas nações do mundo. Os efeitos sociais deste envelhecimento são enormes. Por um lado, a criminalidade tende a ser maior entre os mais jovens; uma população muito jovem também demandará altas taxas de emprego, acesso à educação básica e universitária e adoção de novas tecnologias. Idosos apresentam diferentes necessidades à sociedade e aos governos, bem como freqüentemente diferentes valores. Em nações em que o voto é voluntário, os idosos tendem a votar com mais freqüência que os jovens, aumentando seu peso político. Por outro lado, em nações com voto obrigatório é freqüente a adoção do voto voluntário para idosos, diminuindo potencialmente seu peso político.

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